
O clérigo, que pertencia ao sector mais reaccionário da igreja, adquiriu enorme notoriedade pelas suas fortes convicções anti-esquerdistas no pós-25 de Abril associando-se a movimentos armados de extrema-direita, ligados a António de Spínola, cujos membros Cónego Melo terá escondido num seminário de Braga onde foram apanhados pelo Copcon, um organismo do MFA, Movimento das Forças Armadas.
Esta direita reaccionária levantou o pânico através dos seus actos terroristas, destruindo, assaltando, incendiando as sedes de partidos de esquerda, provocando atentados bombistas.
No meio das vítimas encontramos o Padre Max e Maria de Lurdes Pereira ambos assassinados num ataque terrorista provocado pelo sinistro Movimento Democrático de Libertação de Portugal (MDLP). Maximiano Barbosa de Sousa, conhecido como padre Max, 32 anos, e a estudante Maria de Lurdes Pereira, 19 anos, morreram em 2 de Abril de 1976 quando o carro em que seguiam foi alvo de um ataque bombista, entre a Cumieira e Vila Real. O padre e professor de ensino secundário, que promovia a alfabetização de trabalhadores, era então candidato independente a deputado nas listas da UDP.

Fechamos esta pequena homenagem a padre Max, com as suas próprias palavras que se querem semeadas:
“Servir o Povo e nunca se servir dele”.
BEVR
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