19 de novembro de 2008

Norte de Portugal é vice-campeão europeu em despedimentos colectivos

O Norte de Portugal é a segunda região europeia com mais situações de despedimento colectivo, apenas atrás do Sul e Este da Irlanda. Em seis anos, foram 60 os casos de despedimento colectivo, a maior parte das quais no sector do calçado. No total, foram 17 556 os postos de trabalho destruídos, e os autores do estudo avisam que são apenas valores calculados por baixo.


O estudo foi elaborado pela Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho (Eurofound) e é esta terça-feira tema de capa do Diário de Notícias. A lista é liderada pelo Sul e Este da Irlanda, enquanto a Catalunha (Espanha) surge em terceiro lugar. Os autores do estudo realçam que a principal fonte de informação são as notícias da comunicação social e que por isso mesmo os dados aprensentados serão sempre inferiores à realidade.

Nalgumas regiões, a destruição de emprego é compensada pela criação de outros postos de trabalho. Mas isto não se verifica no Norte de Portugal: nos mesmo seis anos em que se perderam mais de 17 mil empregos, houve apenas seis casos de criação de emprego em larga escala, correspondendo à criação de 2865 postos de trabalho.

O sector têxtil e do calçado foi responsável por mais de metade das situações registadas no Norte de Portugal. A seguir vêm os despedimentos no sector de componentes eléctricos (que engloba, por exemplo, o caso da Yasaki Saltano) e automóvel (Lear Corporation ou Valeo).

Segundo o Estudo, a falência é o principal motivo para estes casos de destruição de emprego (37 empresas) no Norte de Portugal, seguida das reestruturações internas (14) e das deslocalizações (6).

Nos seis anos considerados, a Eurofound registou mais de 4300 casos de despedimentos colectivos na Europa, que ameaçaram mais de 2 milhões e meio de postos de trabalho.

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