18 de agosto de 2008

Em Marcha Contra a Precariedade

Em Setembro, o Bloco vai mostrar que se podem tomar desde já medidas concretas para enfrentar o desemprego e a precariedade. Ao longo dos dias da Marcha Contra a Precariedade, serão apresentadas propostas mobilizadoras, que abram o debate sobre o país que queremos.

José Sócrates enche a boca com o "combate à precariedade". Mas o objectivo é apenas dividir precários e trabalhadores com contrato, para impor a todos as novas leis laborais. Na verdade, Portugal bate recordes de precariedade. A inspecção do trabalho não funciona. A lei está feita à medida das empresas de trabalho temporário, que exploram duplamente os trabalhadores e às quais está ligado o próprio porta-voz do Partido Socialista, Vitalino Canas. Nos contratos a prazo, o novo código permite a sua renovação até três anos – o triplo da lei do próprio PS no tempo de Guterres.

QUESTÃO DE RESPEITO. O trabalho precário é a garantia de uma vida precária. Perante a crise na habitação, os aumentos dos combustíveis e dos alimentos, o dia-a-dia é cada vez mais imprevisível para quem vive do seu trabalho. A renda, as contas, a escola dos filhos – nada disso se interrompe quando cessa um contrato ou quando termina um biscate a recibo verde. A precariedade não é só o roubo de direitos: é posta em causa a própria dignidade dos trabalhadores e das trabalhadoras.


PODE SER DE OUTRO MODO. O Bloco vai mostrar que se podem tomar desde já medidas concretas para enfrentar o desemprego e a precariedade. Ao longo dos dias da Marcha Contra a Precariedade, serão apresentadas propostas mobilizadoras, que abram o debate sobre o país que queremos.

CONTRA OS TUBARÕES DA PRECARIEDADE. A Marcha é um desafio à política do governo e às opções económicas dos últimos anos. O sufoco em que vive quem trabalha não é apenas resultado da "situação internacional", como diz Sócrates. Este Portugal precário é o produto de políticas erradas, que respondem à crise com mais crise. O novo código laboral é a cereja sobre o bolo. Quem celebra? Os patrões, que pagam cada vez menos, e as empresas de trabalho temporário, que ganham cada vez mais.

Estão abertas as inscrições para a participação na Marcha contra a Precariedade que se realiza em Setembro, nos fins de semana de 12 a 14 (Lisboa, Almada, Barreiro) e de 19 a 21 (Porto, Sta. Maria da Feira, Braga). A inscrição prévia é necessária para que as refeições, alojamento e transporte para a partida da Marcha possam ser organizadas com maior eficácia. Basta preencher esta ficha e seguir as instruções de envio.

1 comentários:

Anónimo disse...

Veio ontem José Socrates apresentar, orgulhoso, 1200 postos de trabalho. Muito bem... só se esqueceu de referir que são postos de trabalho precários, que tipo de contrato terão estas pessoas, qual o ordenado? É este o tipo de emprego que queremos para nós? É isto o que o governo no quer por a fazer?
A maior parte dos trabalhadores no call center são jovens, não admira que a nossa geração já seja conhecida por "geração 500€". Outro tanto destes jovens são licenciados, não me parece que os jovens que estejam neste momento a tirar o seu curso superior sonhem com um trabalho num call center.
Seja honesto, José Socrates!!

 
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