10 de abril de 2008

Boletim Económico n.º 3

Só neste ano o estado português espera arrecadar cerca de 900 milhões de euros com privatizações, o acelerar no ritmo dos processos de alienação do património público tem sido a marca da estratégia económica dos últimos governos, juntamente com a deterioração dos salários, a permissividade com a precariedade, e a deterioração na oferta dos serviços públicos (saúde e educação, no topo da lista). Ainda não divulgado, o programa de privatizações para os exercícios de 2008 e 2009 não deve trazes grandes surpresas. Devido à não execução do programa passado de alienação de algumas empresas públicas, já sabemos que a Aeroportos de Portugal (ANA) e o grupo Águas de Portugal (AdP) são os próximos alvos.
A lógica por trás desta estratégia assenta sobre 3 convicções: (i) o sector privado é por natureza mais eficiente do que o público, (ii) as privatizações devem trazer investimentos privados, principalmente estrangeiros, e o (iii) equilíbrio das contas públicas (reduzir défice) é sempre o objectivo mais importante. Como veremos a seguir, para além desta lógica ser questionável, serve interesses específicos (principalmente dos grupos participam nestes processos), e os resultados, mesmo nestes termos, têm sido um enorme fracasso.

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