Os Números da Interioridade

Cerca de metade dos 308 municípios apresentaram taxas de crescimento da população negativas entre 2004 e 2005.
Norte, Centro e Alentejo concentraram a quase totalidade destes municípios, mais concretamente 139 dos 153 municípios nestas condições. A evolução de 2004 para 2005 obedeceu à tendência dos últimos anos com redução dos efectivos populacionais nos municípios do Interior. No Norte destacavam-se as sub-regiões Douro, com 18 dos 19 municípios a apresentarem reduções dos seus efectivos populacionais, e Alto Trás-os-Montes, onde também 13 dos 14 municípios estavam nesta situação. As excepções foram Tarouca e Chaves. No Centro o destaque vai para o Pinhal Interior Norte onde apenas Vila Nova de Poiares, Miranda do Corvo e Lousã apresentavam crescimentos populacionais efectivos embora de grandeza muito reduzida. O Alentejo apresentou também duas sub regiões com a quase totalidade dos seus municípios a perder população: o Alto Alentejo e o Baixo Alentejo. No primeiro caso apenas o município de Campo Maior e no segundo o Alvito aumentaram muito ligeiramente os seus efectivos populacionais.

Residualmente, fora desta mancha mais densa de municípios em declínio demográfico, evidenciavam-se municípios da área metropolitana de Lisboa - Amadora, Lisboa, Loures e Barreiro -, o município do Porto, e, por último, Alcoutim, Castro Marim e Monchique, no Algarve.

Nas ilhas o declínio populacional afectava tanto os municípios mais urbanos, como Ponta Delgada e Funchal, como municípios como Calheta e Lajes do Pico, na R. A. Açores, e Machico, Porto Moniz e Santana, na R. A. Madeira.

Os municípios que apresentaram ganhos populacionais concentraram-se sobretudo ao longo do Litoral. Com subidas superiores a 3% destacavam-se apenas cinco municípios: São Brás de Alportel, Santa Cruz, Mafra, Alcochete e Sesimbra. No Interior o crescimento populacional verificava-se num grupo contínuo de municípios de Montemor-o-Novo a Mourão no Alentejo Central. De forma isolada destacavam-se ainda Castro Verde e Campo Maior no Alentejo, Guarda na Beira Interior Norte, e Chaves em Alto Trás-os-Montes que apresentaram crescimentos efectivos inferiores a 0,5%.


Fonte: INE Retrato Territorial de Portugal 2005