13 de abril de 2008

Miguel Portas na UTAD


Entrada em vigor do documento “depende da exclusão dos cidadãos”

Portas critica “ilegibilidade” do Tratado Europeu

Miguel Portas afirmou que se estão a excluir os cidadãos do processo democrático ao não referendar a ratificação do Tratado Europeu, à margem de uma conferência na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro intitulada “Do jornalismo à Política”. O deputado europeu pelo Bloco de Esquerda, Miguel Portas, acusou, em declarações a O PRIMEIRO DE JANEIRO, a “ilegibilidade” do Tratado Europeu como condição para a sua aprovação, afastando os eleitores do processo de decisão. “Estamos perante um documento cuja entrada em vigor depende de uma exclusão, a exclusão dos cidadãos de qualquer tipo de decisão”, afirmou. Segundo o deputado, que se deslocou à Universidade de Trás-os-Montes para uma conferência subordinada ao tema “do jornalismo à política”, na noite de anteontem, o documento será ainda mais complexo do que o anterior Tratado Constitucional. “Esse tratado que o presidente francês apresentou como simplificado tem mais oito mil e quinhentas palavras do que o antigo Tratado Constitucional. Foi inventado como tratado que reforma tratados anteriores de modo a ser ilegível”, disse.
Questionado ainda sobre um eventual boicote da comunidade internacional aos Jogos Olímpicos de Pequim, como resposta à repressão chinesa no Tibete, Miguel Portas afirmou que, apesar da luta por uma maior auto-determinação do Tibete ser uma luta “justa”, “não é boicotando os jogos olímpicos ou procurando diminuir a sua importância que se ajuda a luta dos tibetanos”. “Pelo contrário, constitui uma oportunidade para se falar dos vários problemas mundiais e em particular dos problemas que existem na China”, disse.

Filipe Alves Pinto, in O Primeiro de Janeiro

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